Olá Madalena!




Ainda nem há 72 horas nasceste e já deste completamente a volta ao nosso mundo, como se sempre tivesses existido e nada fizesse sentido sem ti.
Olho-te com espanto. Por te ter trazido em mim por 39 semanas e 1 dia e não conseguir compreender como coubeste aqui dentro. Agora entendo bem o porquê de se falar de um milagre! É um milagre. O ser mulher e ter-te dado à luz; à luz do pôr-do-sol de setembro, do dia 14 de setembro, com vista para o mar. Nesta cidade que amo e que é nossa e que te ajudarei a conhecer…
De onde te escrevo estamos a uma cama de distância. Eu no sofá a tentar recompor-me e recompor a vida. É avassalador. Mas daqui só te espreito em sono tranquilo, alheia ao turbilhão em teu redor.
Tenho um relatório médico que narra tudo o que se passou desde a madrugada de sábado e tenho um coração que sabe tudo o que se passou desde a madrugada de sábado.
Vou-te contar.
(…)


Sonhei contigo de muitas formas; nenhuma delas tão perfeita!

Comentários

Ana disse…
O teu texto arrepia-me, por pura emoção, mas essa fotografia... É que me imagino nesse local, com essas andorinhas ao peito e também eu com um amor maior no colo. Talvez a luz não seja tão quente como desse vosso Setembro, talvez o céu seja cinzento. Mas será (novamente) o Inverno das nossas vidas.