Se há coisa que nos distingue dos outros animais, essa "coisa" é o chamado juízo de culpa. Essa capacidade exclusivamente humana da imputação das consequências de um acto. É por isso que às vezes, diante de pensamentos menos bons, cortes na casaca, sessões de serrote... fica sempre aquele sentimento do "ai Mafas! que má-fas!". E também um certo temor pelas consequências - vivo convencida que tenho um canal directo, tal é a rapidez com que o universo me castiga pelos maus pensamentos!
Mas depois há os dias em que um tão grande sentimento de felicidade me convence de que talvez não seja assim tão má pessoa...
Esse sentimento - aproveitando o trocadilho in Vogue - é a felicidade dos outros!
E não de uns outros quaisquer, porque é normal que a felicidade dos nossos seja também nossa. Os outros, mais distantes.
Partilhei dois anos a mesma mesa de almoço, a mesma sala de audiências, os mesmos corredores e até os mesmos 200 km todos os dias. Não somos amigos porque fomos colegas de trabalho e uma dose de distância é sempre conveniente nesta vida de adultos. Partilhámos durante dois anos conversas de circunstância que se tornaram cada vez menos de circunstância e acabámos por emitir cada vez mais opiniões... às vezes daquelas que só os amigos dão! E angústias.
Por isso, hoje, com genuíno orgulho e felicidade, olhei para a lista de admitidos ao CEJ e sorri. Sorri muito. Sorri mesmo muito!
Good news are always good news! Great news are even better!
ps. por isso, natacha maria, ainda que sem barcos ou sem piscina... talvez ainda tenha um lugarzinho... pequeno vá, 16m2 de nuvem já me chegam!
Comentários
Claro que tens, quando digo o contrário é só mesmo para "pegar" contigo. :)))
E, tens um para lá de enorme, tenho a certeza! ****