No 5.º ano do meu blog a paixão escolhida é o Direito.
Esse tão árido objecto de desejo!
Podia escolher ainda mil amores. A vida graciosamente deu-me vários. Mas escolho o meu companheiro de todos os dias. Aquele que me preenche parte das horas. Onde, ainda que cansada, desiludida, desmotivada às vezes, busco e encontro momentos de prazer. Escolho, por isso, o dia-a-dia, o "rame-rame", a rotina. O trabalho. O estudo. O esforço. Escolho esse amigo que me ensinou que a palavra sucesso pode ser, apenas, um acontecimento. Escolho o mérito...
Na tarefa dos dias ponho amor. O amor que guardo às opções que tomo. Não me vejo a fazer outra coisa e não me sei a não fazê-la. Entrego-me às decisões como às pessoas, acreditando, como há 15 anos, que posso mudar o mundo. E posso.
O meu destino traçou-se muito cedo. Quando o passeio das virtudes fazia parte do meu percurso matinal rumo à escola. Atrás dele, mirando a paisagem erguia-se imponente um palácio. De olhos vendados de frente para o jardim (que atravessava rumo ao trabalho do meu pai) lá estava ela vendada e poderosa. Soube-lhe o nome desde sempre. Achei-a sempre princesa. E quis-me um dia a olhar por aquela janela. O meu sonho desenhou-se desde cedo: uma casa pró mar, um trabalho pró rio. A mesma cidade. Não sei se um dia... Para já 100 km me afastam de casa. Para daqui a nada talvez mais.
Ainda assim:
A profissão faz-me maior, faz-me melhor e faz-me bem.
E escolho-a sobretudo porque acho bonito que a Justiça figure nestes anos corridos a tinta ao lado de tudo o que me faz feliz.
Quando entrei na Faculdade de Direito tinha receio de não chegar ao fim. Diziam-me que a faculdade era um mundo novo, com professores distantes e notas baixas. Fiz cada um dos 5 anos. Seguidos. Saí à noite, estive na tuna, no jornal, no teatro, na bossa-nova. Fui a manifs, fui a cafés, fui a risos e a banhos em noites geladas de amigos e Porto... Há 5 anos embarquei na aventura de tentar o sonho. Mais uma vez a vida esteve lá para mim.
A Ritinha só queria o mesmo que eu... e a partir de agora percorro cada ano de trabalho com a memória dela ao pé de mim. Inspirada pela extenuante saudade que lhe guardo e com respeito ao sonho que ela tinha. A Rita teria sido muito melhor que eu!
Podia escolher ainda mil amores. A vida graciosamente deu-me vários. Mas escolho o meu companheiro de todos os dias. Aquele que me preenche parte das horas. Onde, ainda que cansada, desiludida, desmotivada às vezes, busco e encontro momentos de prazer. Escolho, por isso, o dia-a-dia, o "rame-rame", a rotina. O trabalho. O estudo. O esforço. Escolho esse amigo que me ensinou que a palavra sucesso pode ser, apenas, um acontecimento. Escolho o mérito...
Na tarefa dos dias ponho amor. O amor que guardo às opções que tomo. Não me vejo a fazer outra coisa e não me sei a não fazê-la. Entrego-me às decisões como às pessoas, acreditando, como há 15 anos, que posso mudar o mundo. E posso.
O meu destino traçou-se muito cedo. Quando o passeio das virtudes fazia parte do meu percurso matinal rumo à escola. Atrás dele, mirando a paisagem erguia-se imponente um palácio. De olhos vendados de frente para o jardim (que atravessava rumo ao trabalho do meu pai) lá estava ela vendada e poderosa. Soube-lhe o nome desde sempre. Achei-a sempre princesa. E quis-me um dia a olhar por aquela janela. O meu sonho desenhou-se desde cedo: uma casa pró mar, um trabalho pró rio. A mesma cidade. Não sei se um dia... Para já 100 km me afastam de casa. Para daqui a nada talvez mais.
Ainda assim:
A profissão faz-me maior, faz-me melhor e faz-me bem.
E escolho-a sobretudo porque acho bonito que a Justiça figure nestes anos corridos a tinta ao lado de tudo o que me faz feliz.
Quando entrei na Faculdade de Direito tinha receio de não chegar ao fim. Diziam-me que a faculdade era um mundo novo, com professores distantes e notas baixas. Fiz cada um dos 5 anos. Seguidos. Saí à noite, estive na tuna, no jornal, no teatro, na bossa-nova. Fui a manifs, fui a cafés, fui a risos e a banhos em noites geladas de amigos e Porto... Há 5 anos embarquei na aventura de tentar o sonho. Mais uma vez a vida esteve lá para mim.
A Ritinha só queria o mesmo que eu... e a partir de agora percorro cada ano de trabalho com a memória dela ao pé de mim. Inspirada pela extenuante saudade que lhe guardo e com respeito ao sonho que ela tinha. A Rita teria sido muito melhor que eu!
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