É quando o Outono volta que a vida recomeça.
Em cada Setembro uma nova partida: Partida como começo. Partida como ida. Partida enquanto jogo.
Foi sempre assim. Mesmo quando as minhas pernas ainda haviam percorrido pequeninos caminhos. Setembro foi sempre novo. Cheirou a livros novos. Lápis por afiar. Borrachas brancas. Novos Professores. Às vezes novos amigos.
Esperanças e motivações renovadas. Baterias carregadas.
Mas hoje mesmo este Setembro já quase lá vai.
Estar longe parte-me ao meio. Baralha-me na pele a vontade de estar em casa e o sossego que me dá estar longe dela. Estranhamente, porque se repete sempre, já gosto do sítio onde estou agora. Já me rio com a D. Glória da limpeza de quem sinto a falta quando troca as 5 horas no meu gabinete por consultas médicas no Porto. Já gosto dos enchidos que o Sr. Neto traz de Miranda do Douro quando vai à terra e que dão motivos para um lanche. Já gosto do Comandante da GNR que me levou a dar um passeio para ver os limites da Comarca. Gosto do aprumo de dona-de-casa-exemplar-que-lembra-a-mãe da D. Isabel quando corta fatias de bolo. Gosto da côr do cabelo da D. Manuela. Gosto dos almoços com o Paulo e o Sr. João. Gosto dos lençóis de algodão imaculado que a D. Cremilde põe na cama desta casa. Gosto da 4.ª feira quando o Pedro vem. Gosto do silêncio ao fim da tarde e da côr com que o sol se põe por entre as serras. Adoro os cheiros a vinhas carregadas, a maçãs, a figos os quais nem me lembrava ter registado como aroma da infância.
E o tempo para mim comigo. Quando faço de mim a minha melhor companhia. Quando ninguém vai entrar para me atrapalhar os pensamentos ou os filmes. Quando em paz deito a cabeça na almofada e durmo o sono dos justos a pensar apenas o que me apetece. Quando devoro livros. Devoro gestos. Devoro imagens. Devoro gentes. Devoro sons e músicas e tudo, tudo, tudo o que me dá a deliciosa sensação de ser profundamente intelectual!
Em cada Setembro uma nova partida: Partida como começo. Partida como ida. Partida enquanto jogo.
Foi sempre assim. Mesmo quando as minhas pernas ainda haviam percorrido pequeninos caminhos. Setembro foi sempre novo. Cheirou a livros novos. Lápis por afiar. Borrachas brancas. Novos Professores. Às vezes novos amigos.
Esperanças e motivações renovadas. Baterias carregadas.
Mas hoje mesmo este Setembro já quase lá vai.
Estar longe parte-me ao meio. Baralha-me na pele a vontade de estar em casa e o sossego que me dá estar longe dela. Estranhamente, porque se repete sempre, já gosto do sítio onde estou agora. Já me rio com a D. Glória da limpeza de quem sinto a falta quando troca as 5 horas no meu gabinete por consultas médicas no Porto. Já gosto dos enchidos que o Sr. Neto traz de Miranda do Douro quando vai à terra e que dão motivos para um lanche. Já gosto do Comandante da GNR que me levou a dar um passeio para ver os limites da Comarca. Gosto do aprumo de dona-de-casa-exemplar-que-lembra-a-mãe da D. Isabel quando corta fatias de bolo. Gosto da côr do cabelo da D. Manuela. Gosto dos almoços com o Paulo e o Sr. João. Gosto dos lençóis de algodão imaculado que a D. Cremilde põe na cama desta casa. Gosto da 4.ª feira quando o Pedro vem. Gosto do silêncio ao fim da tarde e da côr com que o sol se põe por entre as serras. Adoro os cheiros a vinhas carregadas, a maçãs, a figos os quais nem me lembrava ter registado como aroma da infância.
E o tempo para mim comigo. Quando faço de mim a minha melhor companhia. Quando ninguém vai entrar para me atrapalhar os pensamentos ou os filmes. Quando em paz deito a cabeça na almofada e durmo o sono dos justos a pensar apenas o que me apetece. Quando devoro livros. Devoro gestos. Devoro imagens. Devoro gentes. Devoro sons e músicas e tudo, tudo, tudo o que me dá a deliciosa sensação de ser profundamente intelectual!
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