Do baú


S/ título. letras sb tela. Porto, timeless
Dizes meu nome como um grito surdo,
Que grita e ensurdece num gemido,
Num grito que padece...
Encontras no meu gesto o teu abrigo,
Encontras no meu grito o postigo,
Postiço e enfeitado e enjeitado,
Por jeitos e terjeitos que não sabes.
Conheces minha alma. Meus sinais.
Meus rasgos de cabelo, a minha letra
que escrevo pelas árvores da cidade.
E adormeço na nudez da noite calma.
Sabes como encantar, como sorrir.
Sabes ser banal, voltar e ir...
Dizes meu nome como quem diz tudo.
E viajas sem palavras
num corpo que é mudo.

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