... ou quando o desejo se torna post.
A promessa eram três semanas de trabalho na baixa. Escolhidas criteriosamente em Maio por todos os motivos que podia enunciar... e mais um. De volta a casa dos pais porque fica perto do metro. Um descanso cerebral mais que merecido numa altura em que a pressão de todo o ano já vai alta.
A vontade era óbvia: regressar à rotina portuense. Àquela que foi a minha vida tantos anos.
O medo era evidente: será que ainda tenho quem me acompanhe nos almoços? será que ainda tenho quem me encontre à hora do lanche? será que é um regresso ou antes sombra? É que, afinal, tudo mudou...
A surpresa.
De S. Bento a S. Bento da Vitória. No edifício onde tantas vezes fui ter ao "trabalho do meu pai". Do sítio de onde vi o Nandinho ir para a cadeia e tive a certeza que não queria ser Advogada. A paisagem que povoa as paredes de casa dos meus pais nas inúmeras fotografias de lá tiradas. O Rio Douro como vista da varanda. O som das gaivotas, das crianças, das ruas. O telefonema de todos os dias para me rir olhos-nos-olhos com a Dani. O almoço a 3. Os serões vespertinos na Sical (já nem sabia que abria de dia...). Os lanches mistos da Ribeiro, os eclairs da Quinta do Paço e os sumos do Itaipú.
Agendado um repasto a muitos. Agendado um lanche a dois. Agendado um café a duas. Agendado um fino a quatro... e à luz do sol, como se quer.
A ver vamos!
P.S. Acredito que as pessoas importantes são aquelas que nos fazem companhia à luz do dia...
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