Começa assim: Sempre tive uma certa mania de empinar o nariz e de dizer que "não gosto de Michael Jackson".
Sem querer saber da vida do senhor, porque vendo bem as coisas pouco importa e no fundo no fundo ele também já não está cá, a verdade é que ontem à noite quando a Dani me disse "o Michael Jackson morreu" a sensação que tive foi a de que tinha morrido uma personagem de B.D. Ora bem, todos sabemos que as personagens de B. D. não morrem. Então de onde viria esta estranha sensação?
Não é difícil descobrir.
Do alto do meu nariz empinado eu e a Carla vimos a Cristina crescer ao som do Thriller, vi a Maria ensaiar o Moonwalk, vi os posters colados nos armários dos meus amigos, vi os rapazes da primária (e as raparigas) a quererem usar meia branca e calça justa, quanto mais não fosse por altura do Carnaval. Eu própria desconfio ter treinado alguma vez esse tal passo (só assim se explica que 20 anos depois ainda o consiga reproduzir levemente numa rua de Lisboa - muito levemente, entenda-se). Vi a Isabel levar aquela musiquinha do "Heal the World" no Dia do Ambiente do liceu. Tomei contacto pela primeira vez com a problemática das favelas brasileiras no "They don't really care about us"....
Anos mais tarde, voltei ao Jacko quando uma colectânea do Caetano me trouxe a versão Bossa e gostosa da "Billie Jean". Quando os meninos a aprenderam a tocar e ma cantaram. Quando alguém decidiu fazer outra versão que ficou exactamente igual. Quando voltou às pistas das discotecas: 1.º pelos Bich Boys em plenos Maus Hábitos (lembras-te Dani?), também noutra noite fatídica nesses Maus Hábitos, de cada vez que se repete no "Passos d'Aeróbica"...
Depois aquela noite chuvosa e apalermada, com o MJ a cantar incessantemente e bem alto enquanto olhavamos para os estragos do carro. Ainda hoje nos questionamos o que fomos fazer ao Cubo àquela hora, debaixo de tempestade tropical e ao som do Thriller...
E ontem. À saída do Casino, depois dos Monólogos. A banda tocava a tal da "Billie Jean" antevendo, quem sabe, que alguma coisa acabara de acontecer.
Qualidade musical, fenómeno, lenda ou loucura à parte...
E não deixa de ser estranho...
Sem querer saber da vida do senhor, porque vendo bem as coisas pouco importa e no fundo no fundo ele também já não está cá, a verdade é que ontem à noite quando a Dani me disse "o Michael Jackson morreu" a sensação que tive foi a de que tinha morrido uma personagem de B.D. Ora bem, todos sabemos que as personagens de B. D. não morrem. Então de onde viria esta estranha sensação?
Não é difícil descobrir.
Do alto do meu nariz empinado eu e a Carla vimos a Cristina crescer ao som do Thriller, vi a Maria ensaiar o Moonwalk, vi os posters colados nos armários dos meus amigos, vi os rapazes da primária (e as raparigas) a quererem usar meia branca e calça justa, quanto mais não fosse por altura do Carnaval. Eu própria desconfio ter treinado alguma vez esse tal passo (só assim se explica que 20 anos depois ainda o consiga reproduzir levemente numa rua de Lisboa - muito levemente, entenda-se). Vi a Isabel levar aquela musiquinha do "Heal the World" no Dia do Ambiente do liceu. Tomei contacto pela primeira vez com a problemática das favelas brasileiras no "They don't really care about us"....
Anos mais tarde, voltei ao Jacko quando uma colectânea do Caetano me trouxe a versão Bossa e gostosa da "Billie Jean". Quando os meninos a aprenderam a tocar e ma cantaram. Quando alguém decidiu fazer outra versão que ficou exactamente igual. Quando voltou às pistas das discotecas: 1.º pelos Bich Boys em plenos Maus Hábitos (lembras-te Dani?), também noutra noite fatídica nesses Maus Hábitos, de cada vez que se repete no "Passos d'Aeróbica"...
Depois aquela noite chuvosa e apalermada, com o MJ a cantar incessantemente e bem alto enquanto olhavamos para os estragos do carro. Ainda hoje nos questionamos o que fomos fazer ao Cubo àquela hora, debaixo de tempestade tropical e ao som do Thriller...
E ontem. À saída do Casino, depois dos Monólogos. A banda tocava a tal da "Billie Jean" antevendo, quem sabe, que alguma coisa acabara de acontecer.
Qualidade musical, fenómeno, lenda ou loucura à parte...
O Michael Jackson morreu.
E não deixa de ser estranho...
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