Pois bem... estou de volta a Lx. Ou será melhor dizer, estou de volta a Alfama?! Whatever. Estou de volta. E numa mistura de emoções acho que este é um regresso feliz. O melhor de tudo? Regressar a uma cidade que mexe. Um ano depois há restaurantes e lojas que abriram (e fecharam). Novos sítios da moda, a querer parecer que nisto de se estar por dentro só mesmo o meu querido Lux se mantém... Nenhum mal nisso. Desde que se mantenham no sítio o sol do Adamastor, as tostas da Graça, o musicol nas Portas do Sol, a Limonada Austríaca do Pois!, a Limonada Suíça do Noobai... e ... e ... e ... sou peixinho dentro de água! À beira Tejo.
Mas enfim. Não resisto a um bom update. E este soube a mel. Senão vejamos:
"Alfama, para que te quero?
O adorável Arcaz Velho faz parte da nova cena nocturna do velho bairro de Alfama. João Macdonald explica tudo.
“Quero que Alfama seja Bairro Alto”, diz um dos clientes do Arcaz Velho, nesta noite que oferece um pouco de Primavera antecipada como quem só pode servir meio copo de um vinho raro. “O Bairro Alto de antigamente”. Aqui no cimo da Calçada do Forte, a meio caminho entre Santa Apolónia e a Feira da Ladra, o passeio está cheio de frequentadores do Arcaz e isto não é certamente uma tasca moderna para jovens ébrios impertinentes. É a belíssima casa de Sofia Petinga, Vítor Andrade, João Araújo (todos actores) e Fernando Veiras (editor de vídeo, e galego de La Coruña). E, como no desejo do tal cliente, eles também pretendem que o Arcaz seja um pedaço de Bairro Alto sem ser no Bairro Alto.
“Todas as pessoas querem vir para aqui, para Alfama”, diz João. As pessoas tanto podem ser fregueses como empreendedores. “Tirando uns quantos bares de referência, o Bairro Alto já não é o que era, portanto...” Portanto esta velhíssima zona da cidade apresenta-se como óptima candidata a novo território hedonístico. Já o é bastante, aliás: do Pois Café na Rua São João da Praça, ao lado da catedral, passando pelo recém-aberto Kuta-Bar, na Travessa do Chafariz d’El-Rei, ao Tejo Bar no Beco do Vigário e à fadistagem contemporânea da Mesa de Frades, na Rua dos Remédios – com tudo isto e boas tavernas à mistura, bem se pode fazer uma entretida passeata que começa na happy hour e termina com um guitarrista a mandar-nos para casa, não sem um sorriso de agradecimento, às seis da manhã.
Note-se que o Arcaz não acabou de abrir. O quarteto atrás referido renovou-o e reabriu-o em Outubro de 2008. Na busca de criar um ambiente de “doce anarquia” – e conseguiram-no –, “uma coisa de Cheer’s”, recebem famílias de amigos, os alfamenses que antes se serviam aqui numa extinta padaria, pára-quedistas de toda a sorte, colegas de profissão (com frequência a trupe do Teatro da Garagem e do Teatro Taborda ocupam a sala) e o ocasional empregado de café em final de dia que precisa de um copo antes de regressar à cama.
A programação musical tanto pode estar nas mãos dos Dezperados ou de Ian Witchell, do Wonderland Club (ele mora ali ao lado) como muito simplesmente na dos amigos. O ecletismo é predominante. Assim o indica também a decoração de objectos reciclados, ou o acolhedor painel em patchwork do artista Juan Porto, ou os curiosos flamingos de outra artista, Elena Corredoira, que embelezam a vista de quem se senta no “cantinho de mamar da boca” (o leitor que peça aos proprietários mais explicações, que esta ainda é uma revista séria).
No departamento dos alcoóis, que se apresenta civilizado, destaca-se o shot de gelatina de chá verde com vodka Zubrowska. As comidas não faltam também: sopas e cremes, tostas especiais (por exemplo, pesto com tomate seco e mozarella), quiches inesperadas – tudo isto com salada, se pedido ; ovos mexidos com salmão, com farinheira, com tomate, com mozarella, com presunto... Brunchs ao fim-de-semana, muito bem constituídos; e ainda tapas e petiscos galegos com material vindo directo do produtor, não fosse o sócio Fernando de tais proveniências. Muito importante: não ignorar a doçaria gourmet da mestre pasteleira Rita Nascimento, autora de um bolo de chocolate cheio de requintes de malvadez, crumble caramelizado de maçã, panna cota de cardamomo, e por aí fora.
Portanto, por que esperam? Para Alfama, e em força! "
Mas enfim. Não resisto a um bom update. E este soube a mel. Senão vejamos:
"Alfama, para que te quero?
O adorável Arcaz Velho faz parte da nova cena nocturna do velho bairro de Alfama. João Macdonald explica tudo.
“Quero que Alfama seja Bairro Alto”, diz um dos clientes do Arcaz Velho, nesta noite que oferece um pouco de Primavera antecipada como quem só pode servir meio copo de um vinho raro. “O Bairro Alto de antigamente”. Aqui no cimo da Calçada do Forte, a meio caminho entre Santa Apolónia e a Feira da Ladra, o passeio está cheio de frequentadores do Arcaz e isto não é certamente uma tasca moderna para jovens ébrios impertinentes. É a belíssima casa de Sofia Petinga, Vítor Andrade, João Araújo (todos actores) e Fernando Veiras (editor de vídeo, e galego de La Coruña). E, como no desejo do tal cliente, eles também pretendem que o Arcaz seja um pedaço de Bairro Alto sem ser no Bairro Alto.
“Todas as pessoas querem vir para aqui, para Alfama”, diz João. As pessoas tanto podem ser fregueses como empreendedores. “Tirando uns quantos bares de referência, o Bairro Alto já não é o que era, portanto...” Portanto esta velhíssima zona da cidade apresenta-se como óptima candidata a novo território hedonístico. Já o é bastante, aliás: do Pois Café na Rua São João da Praça, ao lado da catedral, passando pelo recém-aberto Kuta-Bar, na Travessa do Chafariz d’El-Rei, ao Tejo Bar no Beco do Vigário e à fadistagem contemporânea da Mesa de Frades, na Rua dos Remédios – com tudo isto e boas tavernas à mistura, bem se pode fazer uma entretida passeata que começa na happy hour e termina com um guitarrista a mandar-nos para casa, não sem um sorriso de agradecimento, às seis da manhã.
Note-se que o Arcaz não acabou de abrir. O quarteto atrás referido renovou-o e reabriu-o em Outubro de 2008. Na busca de criar um ambiente de “doce anarquia” – e conseguiram-no –, “uma coisa de Cheer’s”, recebem famílias de amigos, os alfamenses que antes se serviam aqui numa extinta padaria, pára-quedistas de toda a sorte, colegas de profissão (com frequência a trupe do Teatro da Garagem e do Teatro Taborda ocupam a sala) e o ocasional empregado de café em final de dia que precisa de um copo antes de regressar à cama.
A programação musical tanto pode estar nas mãos dos Dezperados ou de Ian Witchell, do Wonderland Club (ele mora ali ao lado) como muito simplesmente na dos amigos. O ecletismo é predominante. Assim o indica também a decoração de objectos reciclados, ou o acolhedor painel em patchwork do artista Juan Porto, ou os curiosos flamingos de outra artista, Elena Corredoira, que embelezam a vista de quem se senta no “cantinho de mamar da boca” (o leitor que peça aos proprietários mais explicações, que esta ainda é uma revista séria).
No departamento dos alcoóis, que se apresenta civilizado, destaca-se o shot de gelatina de chá verde com vodka Zubrowska. As comidas não faltam também: sopas e cremes, tostas especiais (por exemplo, pesto com tomate seco e mozarella), quiches inesperadas – tudo isto com salada, se pedido ; ovos mexidos com salmão, com farinheira, com tomate, com mozarella, com presunto... Brunchs ao fim-de-semana, muito bem constituídos; e ainda tapas e petiscos galegos com material vindo directo do produtor, não fosse o sócio Fernando de tais proveniências. Muito importante: não ignorar a doçaria gourmet da mestre pasteleira Rita Nascimento, autora de um bolo de chocolate cheio de requintes de malvadez, crumble caramelizado de maçã, panna cota de cardamomo, e por aí fora.
Portanto, por que esperam? Para Alfama, e em força! "
in Time Out, Lisboa.
Então já sabem. Estão todos convidados. Venham dar-me beijinhos ao Camarim :)
Comentários
Mais uma vendida aos alfaces...
Estou lixada com vocês...humpf!!!