Tudo vem do tempo dos discos de vinil. Do som do pó. Da agulha partida que acaba com a música. Da voz fininha com que ficavam os cantores quando erradamente mudavamos o cursor para 33 ou 45 rotações.
Nessa altura podíamos comprar um disco pequenino (de 45 r.) só com uma música - aquela que dava a toda a hora na rádio - o single!
Depois. Mais tarde, podiamos arriscar o disco inteiro.
Das duas formas tínhamos dois lados. O tal do lado A e lado B.
Normalmente... só quando o lado A estava esgotado viravamos o disco, esperando que não tocasse o mesmo.
E não tocava. Tocava sim as músicas mais difíceis. Mas normalmente as preferidas dos autores e dos ouvintes ... depois de cansado o lado óbvio.
Engraçado este conceito dos dois lados do disco... que trespassou mais tarde - na gíria - para os dois lados de nós mesmos. Como se o A fosse aquele que usamos e o B o que se esconde.
Mas como descobrir a diferença enquanto o disco toca um ou outro?!
Se estou do avesso?
Hmmm. Estou do contrário.
Ou então não me importo de ser, como a cidade,"o avesso, do avesso, do avesso, do avesso ..."
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