“Se a vida não pode ser clandestina, que o seja ao menos o amor…”
Acho que era esta a essência da frase que li no livro que trouxe comigo de casa até ao trabalho . Frase que para mim bastaria para resumir a minha espécie de amor por ti e que justificaria, sem mais, a minha vontade de estar contigo… ainda que a isso não corresponda “nada de sério”.
Não é à toa que os meus rabiscos preferidos nos muros desta cidade ainda são os que se vêem por detrás do palácio num gigante “somos todos clandestinos”. É que isso de ser clandestino tem qualquer coisa de muito romântico…
Sabes o que Napoleão dizia? - Não se importe a lei com os concubinos… os concubinos não se importam com a lei.
Ficaria feliz com o simples acto de estares ao meu lado. Não quero o rótulo ou a fotografia -é certo que mais cedo ou mais tarde vou querer… berrar… sofrer, mas agora é sincero que não quero – fico-me com o teu cheirinho bom, com o teu beijo bom. Só de ti preciso perto de mim e pouco mais. Só quero o verbo. O acto ou efeito de ser feliz.
Claro que não fazes ideia de nada disto… e se depender de mim não vais fazer. Se soubesses o que acho de ti não te votavas a esse vazio enigmático do silêncio e partilhavas o silêncio comigo que gosto tanto de silêncio, quando partilhado.
Sempre que vais eu sinto a tua falta. Não é verdadeiramente falta porque nunca fizeste parte da minha vida, mas é uma vontade forte de que voltasses. Essa vontade faz-me deitar a cabeça na almofada para ouvir músicas patetas e pensar em ti. Desta vez não quero feitiços nem bruxarias… ou simpatias como lhes chamam alguns. Não quero cartas nem livros parvos de respostas tontas. Desta vez quero só que a vida aconteça. Que aconteça da forma que lhe apetecer e achar certa. Quero que seja o dia claro a encarregar-se de me aquecer a noite escura… sem pressa, sem planos, sem nomes sérios. As estrelas não têm nomes sérios. As estrelas nem têm nomes… e ninguém duvida que elas brilham. Como brilham!
Algures no tempo... adaptado!
Comentários
Como me consegues ler os sentimentos???
Ainda bem...pelo menos assim nao perco tempo à procura de palavras! :P
amu tu mutxo
( E não! Não somos lésbicas, tsá?)